Dramaturgia e Encenação de JOSE MANUEL BARROS
21.45. SAB. 12 OUT - 2013
O texto (DES) ENCONTRO
dramatiza o encontro de duas mulheres jovens, uma cantora e uma bailarina, em
momento diferentes das suas carreiras profissionais. Apaixonadas pelo mesmo homem,
David Jefferson, um boémio aparentemente perverso, as duas artistas apresentam-se
em palco dominadas pelo mesmo sentimento de solidão.
Assim, revisitando excertos da heteronímia de F. Pessoa e de Herberto
Hélder, o texto (DES) ENCONTRO apresenta-se
ao público como uma proposta artística alternativa, capaz de suscitar a
reflexão e o espírito crítico do espectador.
«Isto era chamado Espelho. Quando
chegava, o corpo ficava bem em frente dos crimes, refletidos de pé, com o seu
canto… aquela voz ascensional e sombria dos crimes. Um dia veio disfarçada de
cidade santa – ROMA – o corpo da recuperação e continuidade, e ali mesmo,
porque o espelho falava esquerdo onde era direito e direito onde era esquerdo,
se viu que havia uma inspiração demoníaca – AMOR».
Herberto Helder, Photomaton
& Vox
«Não sou nada.
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.»
Nunca serei nada.
Não posso querer ser nada.
À parte isso, tenho em mim todos os sonhos do mundo.»
Fernando Pessoa, Tabacaria
«Pronto está dito!
Não sou desse tipo!
Seria vender a minha alma!
Seria trair a minha consciência!
Há coisa mais insuportável
neste mundo que o tédio?
Até Deus se aborrece da
felicidade!»
José M. Barros, excerto de (Des)encontro
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