sexta-feira, 14 de junho de 2024

Ação didática para alunos da Escola Básica da Gandarela

 





«Ação didática para alunos da Escola Básica
PROFESSOR E DRAMATURGO BRACARENSE
TRAZ “BALADA DO CASACO” A GANDARELA
“Balada do Casaco” é o monólogo que o professor e dramaturgo José Manuel Barros traz esta sexta-feira (15, 10h30) à Escola Básica de Gandarela, em Celorico de Basto, numa ação didática direcionada a seis turmas do 7.º, 8.º e 9.º anos de escolaridade.
De acordo com Miguel Teixeira, docente de Português no Agrupamento de Escolas de Celorico de Basto e promotor desta ação, «a intenção é, entre outras, a de despertar e estimular nos discentes o gosto pelo texto dramático».
“Balada do Casaco” é um texto poético que integra a obra “Políticas Satíricas e Sentimentais” (2004) do escritor Fernando Pinheiro, publicado pela editora “Palavra d'Honra”, que o próprio autor apresentava como «a consagração de uma peça de vestuário indissociável da própria história do homem, desde que passou a cobrir e a proteger o corpo, elevando-a à condição de ícone».
«O casaco, na verdade, é a peça do figurino masculino que mais revela informações sobre a evolução da moda, porque, ao longo da história, o homem já usou túnicas, gibões, casacas, casacos, labitas, etc… Neste processo figurinístico, as calças, calções ou meias não passam de complementos», justificava.
Na balada em apreço, o poeta transfere, assim, para o casaco características que lhe são próprias; mas também o individualiza e lhe concede valores e experiência humana. «Em todo o caso, o poema não deixa de dar forma e ideia a uma certa atmosfera de solidão, tédio e pessimismo, que é uma das marcas mais significativas de todos os decadentismos finisseculares», concluía.
José Manuel da Silva Barros nasceu em Palmeira, Braga, a 6 de outubro de 1969, um ano antes de partir com os pais para Moçambique, onde residiu os quatro primeiros anos de vida, após os quais regressou a Portugal. Depois da instrução primária, em Palmeira, seguiu para o Colégio de Montariol, da Ordem Franciscana, em Braga, tendo completado o 3.º ciclo em Leiria, na mesma Ordem.
Em 1986, regressou a Braga, onde completou os estudos secundários no Liceu Sá de Miranda e frequentou, durante quatro anos, a Faculdade de Filosofia da Universidade Católica Portuguesa, licenciando-se em Humanidades. Em 2013, frequentou a Escola Superior de Educação de Viana do Castelo e obteve o grau de mestre em Educação Artística. Atualmente, exerce a docência no Agrupamento de Escolas de Valdevez, lecionando a disciplina de Português e desenvolvendo projetos artísticos na qualidade de coordenador e encenador do Clube de Teatro AEV.
Para além da docência, o autor dedica-se à pintura e à escrita, tendo publicado vários títulos no romance, novela, drama e comédia: "Betty Ford", drama (2006), Papiro Editora; "O Mistério da Ilha Perdida", romance (2007) Edições Calígrafo; "A Maldição de Santia", romance (2010) Edições Calígrafo; "(Des)encontro" (2013) texto dramático selecionado no Festival de Peças de UM MINUTO e apresentado no Chapitô e em São Paulo pelo grupo teatral brasileiro Parlapatões; "O Violador", drama (2014), Caderno de dramaturgia Bragacult (CTB); "Os Renegados", drama (2014), 1º prémio do concurso INATEL I TEATRO - Novos textos 2014; "Leninegrado", drama (2015) Edições Vieira da Silva, "O Violador do Mississippi e outras peças", drama (2017), Edições Vieira da Silva; “O Reino”, novela (2018), Edições Calígrafo; “Amália e outras peças”, coletânea de teatro (2021), Edições Vieira da Silva; “O Degolador”, romance (2023), Cordel D’Prata.
O autor dedica-se também à arte teatral, sendo encenador, ator e dramaturgo residente ao serviço da Nova Comédia Bracarense. No âmbito da arte cinematográfica, colaborou no projeto escolar “Entre-Mundos” (2010), curta-metragem dirigida pelo realizador Matin Dale, tendo sido selecionada no Festival FANTASPORTO.
Recentemente, participou na novela “Para Sempre” (TVI) e no filme “Braga, série televisiva da RTP. Colaborou também no jornal “Público”, com a publicação de opinião sobre Educação, intitulada “Professores à espera de Godot”. Este ano, escreveu e encenou a peça “Farsa de Inês Macieira”, uma versão contemporânea adaptada a partir do texto clássico de Gil Vicente, levado à cena pela Associação Movimento Incriativo. [JPM].»

Jornal Ecos de Basto

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