por COSTA GUIMARÃES
As edições Calígrafo apresentaram, em meados de Junho, no Auditório Municipal Galécia, em Maximinos, ´O mistério da Ilha Perdida`, escrito por um jovem ficcionista bracarense, José Manuel Barros, credor, desde já, de muita esperança.
A obra teve a apresentação fundamentada pelo prof. Luís Silva Pereira, da Universidade Católica Portuguesa, e foi animada pela dramatização de um capítulo deste romance que tem a sua âncora nas viagens marítimas dos portugueses para a Índia.
Está assim luxuriantemente enquadrado este hino a África , "mulher dos mares e das terras desconhecidas" amada " desde o primeiro dia em que te vi"... "simplesmente esplêndida".
Para quem gosta de ler, em contínuo despertar sobressaltado de curiosidade, " O Mistério da Ilha Perdida" afirma-se como romance com um cenário magnífico, porque épico, e um enredo fantástico porque conjura a aventura com a mitologia, num tempo de acção e magia que nos projecta para a saga maravilhosa da primeira globalização através dos mares.
Depois de quatro peças de teatro, José Manuel Barros surpreende os leitores com este romance fantástico - no sentido etimológico do termo - percorre os oceanos da criatividade, marginando as ondas da originalidade que se destacam a partir de um facto verdadeiro, vivido por aqueles que" passaram por mares nunca dantes navegados".
Esse facto histórico das "memórias gloriosas" evoca o naufrágio da nau Santa Maria no Cabo em mais uma viagem até além da Tapobrana - mais tarde da Boa Esperança - a 4 de Maio de 1500, juntamente com outras embarcações da armada que descobriu o Brasil. Esta armada dirigia-se para " novo Reino" e um dos náufragos - Santiago - vai fixar-se numa ilha desconhecida e inabitada. É o percurso deste homem que o autor acompanha - com " engenho e arte" - ao longo de 140 páginas, vividas num cenário paradisíaco, nos contactos com a sereia Atlantis " a quem Júpiter, por ordem divina, encarcerou nesta ilha, neste pedaço de terra em que tu habitas".
Com Atlantis, Santiago mergulha no mundo lendário das grandes civilizações antigas, ao ritmo de narrações dramáticas, numa comunicação com o novo mundo atlântico por entre discussões sobre a origem e o destino do homem.
O mistério das coisas simples, na vida de um verdadeiro eremita, ao longo de quatro anos sem notícias do reino ou doutro mundo conhecido, navega num lago do encantamento onde, com a áurea da sacralidade do templo da Grande Serpente Solar, se ouve o canto do mar iluminado por mil luas que acariciam a cidade do fogo sagrado.
Nascido em Braga em 1969, José Manuel Barros licenciou-se em Humanidade pela Universidade Católica Portuguesa, na Faculdade de Filosofia de Braga, e é professor na Escola Secundária de Tomaz de Figueiredo, nos Arcos de Valdevez.
Dramaturgo e actor na Nova Comédia Bracarense, José manuel Barros também já realizou exposições de pintura em Monção e nos Arcos de Valdevez.
O seu fascínio por África, traduzido n´O Mistério da Ilha Perdida" resulta da vivência dos primeiros anos de vida em Moçambique, de onde regressou a Palmeira, em 1974. Depois da instrução primária, seguiu para o colégio Montariol, da ordem Fransciscana, em Braga, tendo concluído o terceiro ciclo em Leiria. Em 1986, regressa a Braga onde faz os estudos secundários no Liceu Sá de Miranda. Leccionou em várias escolas, de Évora aos Açores.
Da sua actividade e paixão pelo teatro resultaram a edição de quatro peças, a primeira delas, em 2006, intitulada "O Bom Patife", seguindo-se, no mesmo ano, "O Colar das Lágrimas" e "Betty Ford", publicada pela Papiro Editora. " Lenigregado", um drama em cinco actos, é a última criação da dramatúrgica de José Manuel Barros.
Esta colecção começou com "A Forasteira", um romance editado em 2006 por Fernando Pinheiro, seguindo-se " Os contos poveiros" de Luís Costa.
Já este ano, a Calígrafo inseriu nesta colecção " Viagens à terra do silêncio", do advogado vilaverdense João Lobo.
Correio do Minho, 4 de Julho de 2007
O livro "O Mistério da Ilha Perdida" foi apresentado.
Por Notícias dos Arcos
Tuesday, 19 June 2007
No Polivalente da Escola Secundária Tomaz de Figueiredo, repleto de alunos e professores, decorreu a apresentação do livro "O Mistério da Ilha Perdida", da autoria do professor José Manuel Barros, que lecciona neste estabelecimento de ensino.
No acto participaram, para além do autor, o professor Jaime Ferreri, que fez a apologia do livro, o representante das Edições Calígrafo e o presidente do conselho executivo da escola, Paulo Ribeiro.
Refira-se, por curiosidade, que o livro, que se encontrava à venda, era substancialmente mais barato para os alunos. No final, José Manuel Barros esteve à disposição para autografar os livros que foram profusamente vendidos.
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