"- Quando cheguei perto do local, havia embarcações de várias nações, de diversos tamanhos e formas, umas mais antigas do que outras, pois apresentavam sinais de desgaste e destruição provocados pelas correntes das águas. Além disso já se cobriam de corais e de toda a variedade de vegetação que abunda no fundo dos oceanos. Havia algumas que chamavam atenção pelas insíngnias que ostentavam gravadas na popa e nas suas velas. Traziam uma grande cruz vermelha desenhada nos panos e, pelo seu aspecto geral, eu diria que não estariam ali há muito tempo. E eu via surgir, por vezes, nos arcos gigantescos dos cascos arrombados, sombras que se moviam como espíritos. Não me detive muito tempo nessa contemplação e afastei-me. Porém quando estava prestes a fazê-lo, deparei em frente com uma embarcação de grande porte, encalhada num monte de rochas. No cimo da proa, erguia-se a imagem de uma divindade feminina e por baixo, gravado na própria madeira, um dístico com letras bem salientes, a vermelho. Dizia... SANTA MARIA.
- É ela! É ela! É a nau Santa Maria! - bradou Santiago, numa ânsia desesperada. - Diz-me, diz-me tudo! Oh diz-me tudo... o que foi que viste?"
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